Posts Tagged ‘mutantes’

Panis et circenses

fevereiro 10, 2009

inferno

O inferno

nem é tão longe.

Bem depois de onde

nada se esconde.

Mais perto

do que distante.

Não demora muito e ele

chega pra qualquer um.

O inferno…


Eu vim com a Nação Zumbi!

Música – Zé Trindade

fevereiro 5, 2009

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-O aniversário da Guedes mudou de lugar.

-Putz.. Que m*rda! Onde vai ser?

-Você está sentado? Então prepare-se, vai ser no Stonehenge Rock Bar e vão tocar duas bandas, uma cover de Led Zeppelin e outra cover de Rage Against the Machine.

-Sééééério????!!?!?!?? PQP!!!!!!!!!!!!

E foi assim o meu primeiro contato com uma energia explosiva chamada Zé Trindade.

Nesse mesmo dia, do lado de fora do bar, tomamos uma pinga num boteco da esquina, acompanhada de boa moela para preparar os ânimos para uma noite inesquecível. Mais tarde soubemos que a primeira banda não era exatamente cover do Led, mas tocava algumas coisas. Tão pouco importa, cover deles tem aos montes, estamos aqui mesmo pelo RATM.

Meia-noite, Stone lotado, quartinho (inferninho) insuportável e três rapazes sobem ao palco. Era o Zé Trindade. Trocaram duas palavras com a platéia e pronto, fogo na bomba! Foi uma sequência maravilhosa de hits, clássicos e músicas próprias intercaladas. Realmente tocaram os Zeppelins, como prometido, com uma desenvoltura admirável. Além disso rolou Mutantes, The Doors e uma versão matadora (primeira de muitas) de War Pigs do Black Sabbath. No finalzinho da apresentação tocaram a introdução de Bulls On Parade (do RATM) e todo mundo olhou um pro outro e disse: “Como assim?”

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Minutos mais tarde os três estavam de volta ao palco acompanhados de um sujeito que atende pelo nome de ‘Macarrão‘. Estava ali o Rage Against The Machine Cover, que se tratava na verdade da força do Zé Trindade + Macarrão.

O show foi i-na-cre-di-tá-vel. Eu jamais havia sentido aquela energia num show de banda cover. Os arranjos, solos, efeitos, vocal, letra e postura da banda simplesmente idênticas ao Rage original. A galera pulava tanto (inclusive eu) que o teto era uma preocupação constante. Foram umas duas horas do melhor do repertório da banda e isso tudo, pirei, era apenas o primeiro show do Rage Cover. Sim, eles estavam utilizando aquele espaço para fazer a sua primeira apresentação e destruíram.

Passado um tempo vieram um sem-fim gigantesco de shows com a dobradinha fantástica “Zé + Rage” e lá estava eu curtindo. Aos poucos fui prestando atenção nas músicas ‘diferente’ que o Zé tocava e eram as músicas próprias. Passei a admirar ainda mais. Como se não bastasse um trabalho cover de primeirísisma linha, o material próprio ainda era sensacional.

Nas músicas cover que o Zé toca (Led, Sabbath, Doors, Mutantes e etc) é simplesmente fascinante ver o Danilo tocar guitarra, gritar e ainda fazer solos com tamanha perfeição. Já a cozinha (baixo e bateria) formam uma base sólida como rocha e vez por outra abrem brecha para um dos dois içar vôo num solo estrondoso.

Eu estava tão fascinado com a banda (jurando que o espírito do rock havia renascido ali) que não falava de outra coisa. E tanto foi que no dia do meu aniversário um amigo de serviço (Diguin) comprou um CD do Zé que foi entregue, em local de trabalho, pelo próprio Danilo. Foi emocionante demais da conta, hehe. 

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O álbum é uma obra prima e faz páreo a grandes discos de rock da história. A fonte da qual eles bebem (rock 70) foi reinventada e traduzida para o bom português com maestria. E nisso lá vai enxurradas de riffs, viradas de bateria, solos de guitarras, gaita e momentos mosh-pit.

As minhas preferidas são O Trem, Porque Você Não Me Escuta, O Mundo É Seu, Último Segundo, Denis Pilantra (mara!) e o primeiro hit de todos Blues da Lua.

No segundo semestre do ano passado eles gravaram um DVD no Freegells (e eu estava lá claro) que, não sei porque, ninguém falou mais nada. Espero que ainda seja lançado apesar de, no site, estarem falando é do segundo CD. Não tem problema, o que vier será bem recebido.

E lá vamos nós atrás deles no Stonehenge, no LordPub, no JackRock ou no Buteco da Bio. Sempre gritando Rock and Roll Zéé e também pedindo War Pigs (porque começou assim e que assim seja até o fim).

 

Gravação de DVD no Freegells

Gravação de DVD no Freegells

PS: A única versão de War Pigs mais eletrizante e empolgante que eu já ouvi na vida e que não foi o Zé Trindade tocando, foi, quando justamente o Ozzy Osbourne tocou a sua criação no show do Pacaembu ano passado. Aah.. ô vida…

PS2: Agora, só porque eu falei, o site está anunciando o DVD hehe

PS3: No site Palco MP3 e da LastFM rola de ouvir e até baixar gratuitamente algumas faixas. Recomendo!