Posts Tagged ‘led zeppelin’

Música – 20 anos sem Raul

agosto 21, 2009

raul

Há exatos 20 anos, no dia 21 de agosto de 1989, o Brasil perdia uma das figuras mais inquietas e brilhantes da história da sua música. Vitimado de parada cardíaca, Raul Seixas com certeza engrossa o time de Cazuza quando este diz “meus heróis morreram de overdose“.

Infelizmente (ou felizmente) ainda tenho muito que estudar sobre este assunto. Durante anos, enquanto fazia minha formação musical básica, torci o nariz pro Maluco Beleza, simplesmente para ir contra um sentimento universal e tão inquestionável do quanto ele era bom. Preferi me concentrar em outras áreas e deixar este capítulo para outra oportunidade que, finalmente veio, por volta de 2 ou 3 anos atrás, como influência da convivência de amigos fãs.

Geralmente eu utilizo estas bandas e artistas notoriamente geniais (que eu ainda não conheço!) como uma carta na manga. É mais ou menos assim, o mundo musical anda fraco?? Vamos então descobrir uma nova paixão no passado. Foi assim com Led Zeppelin, Pink Floyd, Iron Maiden e também Raul, uma carta de ouro e de inacreditável surpresa.

De fato, quanto mais eu conheço sua história e sua música penso, toooodas aquelas pessoas que gritam “Toca Raul” estão absolutamente certas, e, a mídia de forma geral, comete uma grande injustiça ao não reconhecer a grandiosidade e genialidade de sua obra.

Ninguém fala, ou falou há 20 anos atrás, de política, sociedade, comportamento, amor, amizade e magia, com tanta ATUALIDADE igual Raul Seixas fez. A música de ontem parece que foi feita hoje para o público de amanhã e nessa dança nada muda…

Não poderia terminar esta reflexão, e homenagem, de outra maneira que não, com trechos de músicas que para mim hoje fazem todo sentido, afinal de contas: TOCA RAUL!!!!

Olho os livros
Na minha estante
Que nada dizem
De importante
Servem só prá quem
Não sabe ler

É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal…

E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social…

É tanta coisa no menu
Que eu não sei o que comer
Quem não tem colírio
Usa óculos escuro
José Newton já dizia:
“Se subiu tem que descer

Queira! (Queira!)
Basta ser sincero
E desejar profundo
Você será capaz
De sacudir o mundo
Vai!
Tente outra vez!

Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim…

Eu vi o sangue
Que corria da montanha
Quando Hitler
Chamou toda Alemanha
Vi o soldado
Que sonhava com a amada
Numa cama de campanha
Eu li!
Ei li os símbolos
Sagrados de umbanda
Eu fui criança prá
Poder dançar ciranda
Quando todos
Praguejavam contra o frio
Eu fiz a cama na varanda…

Há quanto tempo que o brasil não ganha?
Isso é conversa para boi dormir!
Espero em Deus, porque ele é brasileiro,
Pra trazer o progresso que eu não vejo aqui.

Não tenho saco pra ouvir artista,
Comendo alpiste na mesma estação.
Cantando regra com o rei na barriga,
E só de preguiça não mudou o botão.

Vou jogar no lixo a dentadura, neném. Vou ficar banguelo numa boa
É que eu vou fundar mais um partido também!
Vou rasgar dinheiro, tocar fogo nele, só prá variar

Diz que o paraíso já tá cheio, neném. Vou levar um lero com o diabo
Antes que o inferno fique cheio também

-Dois
E no dois o homem luta entre coisas diferente,
Bem e mal, amor e guerra, preto e branco, bicho e gente
Rico e pobre, claro e escuro, noite e dia, corpo e mente.

Ei! Jimi Hendrix
Abandona o palco agora
Faça como fez Sinatra
Compre um carro e vá embora
Ei! Jesus Cristo
O melhor que você faz
Deixar o Pai de lado
E foge prá morrer em paz…

Música – Ao Vivo

julho 7, 2009

Como já era de se esperar o mundo inteiro (ou pelo menos a mídia) parou para assistir ao funeral e memorial de Michael Jackson. Os ingressos sorteados pela internet apareceram em sites de leilão com preços de até 30 mil dólares. Isso me lembra o sorteio semelhante que aconteceu no retorno do Led Zeppelin em 2007.

Pois bem, sortudo mesmo é o repórter Jorge Pontual da Globonews. Uma mineira de Três Corações chamada Marcela foi uma das contempladas com um par de ingressos para o memorial. Como ela é uma mineira muuuuito gente boa e prestativa, dividiu seu lugar não com um amigo, namorado, parente ou outro fã qualquer, mas sim com o Brasil inteiro. Ela deu os ingressos para que o repórter da Globonews pudesse transmitir seus comentários ao vivo de dentro do Staples Center através de um telefone celular.

US$30.000.

Será que deu mesmo?

Globonews ao vivo, video de We Are The World e o corpo de Michael Jackson indo do cemitério para ginásio.

Globonews ao vivo, video de We Are The World e o corpo de Michael Jackson indo do cemitério para ginásio.

Ao vivo na CNN!

Ao vivo na CNN!

Cinema/Música – It Might Get Loud

junho 5, 2009

LED ZEPPELIN + U2 + WHITE STRIPES guitar heroes

The 70´s, 80´s, 2000´s show!

Música – Led neles!

maio 27, 2009

ledz

“Tome doses descontroladas de Led Zeppelin e Rush”, estes belos versos da música O Mundo É Seu do Zé Trindade resumem bem o comportamento que deve delinear a vida de um bom roqueiro. Mas, com relação ao Led Zeppelin, eu acho que o pessoal de Belo Horizonte tem exagerado um pouco. Pelo menos no que diz respeito a repertório de banda cover.

Numa rápida corrida de olho na programação de uma das principais casas de show+boate+rock da cidade é possível confirmar esta tendência.

Não bastassem as bandas exclusivamente cover do Led Zeppelin, como Kashmir(falecida), Coda(falecida), Zé Pêlin e LEDIII(nova!), as canções do grupo inglês estão oficialmente presente no repertório de 9 em cada 10 bandas da cidade.

São elas (além do próprio Zé Trindade!):

Velotrol
Magma
Audiosoul
Carne Nua
Pedra Lascada
Vinil
Little Trouble
Cartas
Ca$h

Todas estas bandas vão se apresentar no Jack Rock Bar entre os meses de Maio e Julho.

Alguns meses atrás estava eu no show do Cartoon quando atacaram de Stairway to Heaven (hino farofa mor do Led) e não satisfeitos ainda vieram com Since I´Ve Been Loving You. O tempo parou naquele momento e foi a performance mais fantástica da música de todos os tempos.

Já o Zé Trindade sempre ataca de Good Times Bad Times e não importa quantas vezes tocarem vai ser sempre fantástico, agora, a que mais me marcou foi uma belíssima interpretação de Achilles Last Stand que presenciei no Stonehenge Rock Bar. Soberbo!

Falando em Stonehenge, certa vez estava prestigiando o Zé Pêlin quando começaram a tocar Mutantes, The Doors, Raul Seixas e equivalentes. De repente o vocalista me solta esta: “o que vocês querem ouvir??“, nós retrucamos: “será que rola um Led Zeppelin?”

Outro dia feliz foi um show do Coda no Calabouço em mil novecentos e qualquer coisa, nos meus primeiros movimentos underground. Jamais esquecerei Regis Tilt Cobra virando garrafão de 5L de Sangue de “Boà” e depois moshando em frente ao palco. E também um finalzinho de domingo inocente que terminou com o Kashmir quebrando tudo no Garage d´Caza. Na ocasião estavam apresentando um novo vocalista que, à primeira vista, parecia que ia afundar o nome da banda, MAS, quando cantaram, atendendo nossos pedidos, Immigrant Song, as dúvidas cessaram! Estava ali o Led Zeppelin Spirit!

Pois então, não é que eu esteja reclamando! Eu só acho que se for pra tocar, que faça bem feito. Como diria o Tio Ben Parker: “com um grande poder vem uma grande responsabilidade“. No mais, descontrole total!

jack

Música – Led de escanteio

fevereiro 10, 2009

 

plant

Quando Robert Plant declarou (em 2008.) que não vai sair em turnê com o Led Zeppelin para se dedicar a carreira solo ao lado de uma tal de Alison Krauss, todo mundo pensou, quer dizer, eu pensei!, “tomara que quebre a cara e volte pro Led!” hehe

Mas o tiro saiu pela culatra. Ontem, na premiação do Grammy, o disco da dupla foi o grande vencedor faturando 5 estatuetas além da mais cobiçada ÁLBUM DO ANO. Desbancou inclusive fodões do momento como Coldplay, Radiohead e aquele povo chato de R&B que só americano gosta.

Ok, vamos tentar ver a coisa por um lado positivo (a esperança nunca morre). O Robert Plant inflou tanto seu ego, mais uma vez, que vai pensar: “vou quebrar o galho desses caras e fazer uns shows com o Led pelo mundo afora, depois, volto lá e KRAUSS nela.”

Música – Zé Trindade

fevereiro 5, 2009

ze4

-O aniversário da Guedes mudou de lugar.

-Putz.. Que m*rda! Onde vai ser?

-Você está sentado? Então prepare-se, vai ser no Stonehenge Rock Bar e vão tocar duas bandas, uma cover de Led Zeppelin e outra cover de Rage Against the Machine.

-Sééééério????!!?!?!?? PQP!!!!!!!!!!!!

E foi assim o meu primeiro contato com uma energia explosiva chamada Zé Trindade.

Nesse mesmo dia, do lado de fora do bar, tomamos uma pinga num boteco da esquina, acompanhada de boa moela para preparar os ânimos para uma noite inesquecível. Mais tarde soubemos que a primeira banda não era exatamente cover do Led, mas tocava algumas coisas. Tão pouco importa, cover deles tem aos montes, estamos aqui mesmo pelo RATM.

Meia-noite, Stone lotado, quartinho (inferninho) insuportável e três rapazes sobem ao palco. Era o Zé Trindade. Trocaram duas palavras com a platéia e pronto, fogo na bomba! Foi uma sequência maravilhosa de hits, clássicos e músicas próprias intercaladas. Realmente tocaram os Zeppelins, como prometido, com uma desenvoltura admirável. Além disso rolou Mutantes, The Doors e uma versão matadora (primeira de muitas) de War Pigs do Black Sabbath. No finalzinho da apresentação tocaram a introdução de Bulls On Parade (do RATM) e todo mundo olhou um pro outro e disse: “Como assim?”

ze2

Minutos mais tarde os três estavam de volta ao palco acompanhados de um sujeito que atende pelo nome de ‘Macarrão‘. Estava ali o Rage Against The Machine Cover, que se tratava na verdade da força do Zé Trindade + Macarrão.

O show foi i-na-cre-di-tá-vel. Eu jamais havia sentido aquela energia num show de banda cover. Os arranjos, solos, efeitos, vocal, letra e postura da banda simplesmente idênticas ao Rage original. A galera pulava tanto (inclusive eu) que o teto era uma preocupação constante. Foram umas duas horas do melhor do repertório da banda e isso tudo, pirei, era apenas o primeiro show do Rage Cover. Sim, eles estavam utilizando aquele espaço para fazer a sua primeira apresentação e destruíram.

Passado um tempo vieram um sem-fim gigantesco de shows com a dobradinha fantástica “Zé + Rage” e lá estava eu curtindo. Aos poucos fui prestando atenção nas músicas ‘diferente’ que o Zé tocava e eram as músicas próprias. Passei a admirar ainda mais. Como se não bastasse um trabalho cover de primeirísisma linha, o material próprio ainda era sensacional.

Nas músicas cover que o Zé toca (Led, Sabbath, Doors, Mutantes e etc) é simplesmente fascinante ver o Danilo tocar guitarra, gritar e ainda fazer solos com tamanha perfeição. Já a cozinha (baixo e bateria) formam uma base sólida como rocha e vez por outra abrem brecha para um dos dois içar vôo num solo estrondoso.

Eu estava tão fascinado com a banda (jurando que o espírito do rock havia renascido ali) que não falava de outra coisa. E tanto foi que no dia do meu aniversário um amigo de serviço (Diguin) comprou um CD do Zé que foi entregue, em local de trabalho, pelo próprio Danilo. Foi emocionante demais da conta, hehe. 

ze3

O álbum é uma obra prima e faz páreo a grandes discos de rock da história. A fonte da qual eles bebem (rock 70) foi reinventada e traduzida para o bom português com maestria. E nisso lá vai enxurradas de riffs, viradas de bateria, solos de guitarras, gaita e momentos mosh-pit.

As minhas preferidas são O Trem, Porque Você Não Me Escuta, O Mundo É Seu, Último Segundo, Denis Pilantra (mara!) e o primeiro hit de todos Blues da Lua.

No segundo semestre do ano passado eles gravaram um DVD no Freegells (e eu estava lá claro) que, não sei porque, ninguém falou mais nada. Espero que ainda seja lançado apesar de, no site, estarem falando é do segundo CD. Não tem problema, o que vier será bem recebido.

E lá vamos nós atrás deles no Stonehenge, no LordPub, no JackRock ou no Buteco da Bio. Sempre gritando Rock and Roll Zéé e também pedindo War Pigs (porque começou assim e que assim seja até o fim).

 

Gravação de DVD no Freegells

Gravação de DVD no Freegells

PS: A única versão de War Pigs mais eletrizante e empolgante que eu já ouvi na vida e que não foi o Zé Trindade tocando, foi, quando justamente o Ozzy Osbourne tocou a sua criação no show do Pacaembu ano passado. Aah.. ô vida…

PS2: Agora, só porque eu falei, o site está anunciando o DVD hehe

PS3: No site Palco MP3 e da LastFM rola de ouvir e até baixar gratuitamente algumas faixas. Recomendo!

Los Piratas

janeiro 23, 2009

musicpirate

Hoje estava conversando com um primo (irresponsável) que foi pai recentemente e descobri que justamente hoje sua filha completava 2 anos de idade. Pensei em mandar um presente, um CD, algo clássico que tivesse significado para mim e que pudesse ser descoberto por ela um dia. Talvez um Iron Maiden, Metallica… não! Led Zeppelin. Isso! Perfeito! Fui então ao shopping com a árdua missão de comprar um CD de presente.

Tão logo entrei na loja vários sentimentos me tomaram. Aquela vasta quantidade de CDs, artistas, estilos, shows, tudo separado por ordem alfabética ou, ‘Cantor Nacional‘, ‘Grupo Internacional‘. Me deliciei passeando pelas prateleiras e re-descobrindo um antigo hábito gostoso de vagabundar em lojas de discos.

Flertei com Death Magnetic do Metallica, um ao vivo do Iron, Nirvana Acústico… tudo na faixa dos 30 e poucos reais. De repente ele me saltou aos olhos, Led Zeppelin – Mothership. Não era um simples CD, era uma coletânea histórica. Disco duplo + DVD com material bônus. Essa coletânea (mais uma na discografia do Led) foi lançada em 2007 na época que fizeram o tal show em Londres após 30 anos do fim da banda. Perfeito, além de tudo o CD tinha história. Na etiqueta tinha um número que dizia 3196, pensei, ‘comeram uma vírgula aí e o preço deve ser R$31,96 ótimo!’. Não era lá “de graça” mas estava um bom preço para CD duplo + DVD.

mothership

Já ia ao caixa pagar quando passei por um ‘box‘ do Led Zeppelin com 10 CDs, edição de colecionador. Meu coração arrepiou e fiquei com medo de perguntar o preço. Minha namorada foi mais rápida e perguntou: POW! R$599,00! Que??! Vamos embora rápido!! E o vendedor ainda veio com uma conversa assim “mas são 10 CDs e a caixa é importada…“. Antes que eu me precipitasse ela emendou na pergunta o preço daquele CD Mothership que estava em minhas mãos. Pra que? “R$196,00” – disse o vendedor quase sorrindo. “Pra saber o preço você tira o ‘3’ da frente na etiqueta“. Foi assim que descobri que aqueles outros CDs (Metallica, Nirvana) que eu achava que estavam na casa dos 30, eram na verdade 40 e poucos reais. Larguei o CD(*), larguei o presente e saímos da loja filosofando.

Em plena época da pirataria as lojas ainda praticam preços abusivos como estes? Então vocês vão me desculpar, mas a pirataria deve continuar até fecharem todas as lojas de CD do mundo. O custo de um CD pra uma gravadora que estampa milhares de álbums, deve ser na casa dos centavos, e ainda assim o preço não é repassado ao consumidor. Quanto mais a tecnologia se desenvolve (e o preço de fabricação cai) mais caro fica o CD.

Dizem que o dinheiro da pirataria é o mesmo dinheiro do tráfico. Mas, antes de falarmos dos horrores pirata, vamos falar dos horrores da sociedade de consumo e de um grupo de empresários (e nem sempre os artistas) que se beneficiam com o mercado convencional de música.

O Lobão foi um dos primeiros a criticar as gravadoras, alegando que os números que elas revelam são maquiados, uma vez que os CDs não são numerados. Na prática o que acontece? Se a gravadora diz que um artista vendeu 100 mil cópias, paga a ele os direitos referente a este valor mas na verdade (é provável) que tenha vendido um número infinitamente superior.

Mas isso não é problema meu! Não é problema seu! É problema dos envolvidos. O que é problema meu? Pagar 30 reais num CD.

A pirataria tem os seus prós. Não fosse a pirataria o preço de um CD jamais iria baixar e sabe o que segura os preços hoje? O fato das pessoas terem escolha. Esta loja que eu citei foi um caso infeliz que vai na contra-mão da tendência que é, arranjar um meio mais justo (para todos) de compartilhar música.

Graças a MP3 e a internet, e ao Napster e às redes P2P foram desenvolvidos os sistemas ITunes e MySpace. Muito bom, agora sim estamos falando de evolução e de futuro. Não fosse esta imposição que veio de baixo as gravadoras nunca iriam evoluir do CD e DVD convencionais e com preços alegóricos.

O engraçado é que ninguém comenta este outro lado da história. Só o Lobão. Graande Lobão! Essa semana vi duas reportagens sobre o assunto, a primeira comentava sobre um grupo de jovens extremamente corretos que jamais compraram um CD pirata ou baixaram música na internet (e certamente tem um belo paitrocínio). A outra dizia que o brasileiro ainda não tinha tomado consciência dos malefícios da pirataria uma vez que a mesma continua crescendo.

Perguntaram às pessoas que não consomem produto pirata, o porque de não fazê-lo e elas responderam que era por falta de qualidade e de garantia. A repórter então analisou o caso como uma lástima, uma vez que, as pessoas que compram em lojas só o fazem para ter qualidade e garantia e não por terem a ética de não consumir pirata. Agora, você vem me falar de ética unilateral? Qual é a ética do abuso e de artitas e empresários bilionários?

Não defendo a pirataria como um todo. Só acho que esta existe porque é uma resposta da sociedade contra a imposição das políticas abusivas de consumo.

Hay que endurecer!

(*) Mais tarde encontrei o mesmo Mothership (desta vez só os CDs, sem DVD) por R$29,90… justo.

Big Day Out

janeiro 20, 2009

posseobama2

Às vezes eu penso em fazer umas loucuras enquanto me restam forças. Viajar de mochila ou assistir um show no exterior. Mas não pode ser qualquer show, tem que ser “O” show, tipo aquele que o Led Zeppelin fez em Londres em 2007(*).

Ou então ir num puta festival repleto de atrações de peso como o Leeds, Reading, Lolapalooza, Ozzfest, Big Day Out e etc.

Um show que eu cheguei a olhar um pouquinho mais sério pra ir (olhei ingresso e passagens), foi o show de retorno do Rage Against the Machine no Coachella Festival em 2007. Ah mas foi quase que eu fui… não fosse um alinhamento indevido de fatore$, teria ido.

Pois bem, assistindo pela TV o momento histórico de hoje e vendo aquela multidão se espremendo na grama para gritar “YES WE CAN”, penso que um bom lugar para se estar agora curtindo uma loucura seria em Washington na posse de Barack Obama.

Malditos fatore$.

ledzeppelinlondoncoachella2007

posseobama

(*) A procura foi tão grande que as pessoas que teriam o direito de comprar o ingresso foram sorteadas pela internet, você acredita que um cara da PUC ganhou? Ganhou mas não foi, vendeu os direitos… show do Led Zeppelin, não tem preço, para tudo mais existe MasterCard.

Música – Iluminai Robert Plant

outubro 30, 2008

 

Pai nosso que estais no céu, iluminai Robert Plant que está na Terra.

Como fã incondicional de música, algumas situações me deixam extremamente chateados. Uma delas é não conseguir o mesmo desempenho com um instrumento em mãos que outros seres humanos conseguem. Tudo bem. Outra coisa é não ter o privilégio de ver em vida algumas pessoas que admiro. Não poder ir ao show deste ou daquele artista. 

Quando eu nasci, Deus fez uma lista dos shows que eu deveria ir e confesso que tenho cumprido bem. Já risquei dela vários nomes de peso como U2, Rolling Stones, Green Day, Silverchair, No Doubt, Red Hot Chili Peppers, Iron Maiden, Korn, Ozzy Osbourne além de quase todos os brasileiros interessantes,  com direito a tropa de elite da MPB de Chico Buarque a Tom Zé passando pelo rock dos anos 80 e demais artistas consagrados.

Por causa de fatalidades, infelizmente alguns nomes não serão jamais riscados. No caso de bandas dissolvidas, que os integrantes continuam vivos, a simples esperança de “um dia assistir” já me conforta. É o caso de Pink Floyd, Secos e Molhados, Sepultura (com Max), Black Sabbath (com Ozzy) e… Led Zeppelin. 

Já algumas bandas na ativa, só me deixam a opção de rezar para que venham ao Brasil (pelo menos SP), para que eu possa prosseguir nesta missão. É o caso do Metallica (2009??!), Rage Against The Machine, System of a Down etc.

Agora, por mais dinheiro que eu possua, nunca verei um show do Nirvana, dos Ramones, do Beatles, de Chico Science, Cazuza e da Legião Urbana. Nem dos Mamonas (tive a chance de ir e não fui).

Esta situação é muito triste. É uma engrenagem da vida com a qual não podemos lutar. De todas as situações mencionadas, talvez a pior seja aquela do cara que está vivo e por birra (pirraça, xilique) não quer dar o braço a torcer e dar alegria ao povo. Por mais nobre que seja o motivo da separação, porque não passar por cima e através da linguagem universal da música levar felicidade a milhares de pessoas?? 

Segundo consta, Robert Plant não quer voltar a tocar com o Led Zeppelin para seguir adiante com sua carreira solo. Meu amigo, não brinque com o coração da gente. O fato de termos 3 dos 4 Zeppelins originais vivos 30 anós após o início da banda é uma dádiva de Deus. Por favor engula o orgulho e dê ao povo o que o povo quer. 

No final de 2007 o Led Zeppelin fez uma única apresentação em Londres. Foi um show extraordinário em que a vida dos presentes foi abençoada. Desde então, a vida do resto da humanidade (?!) clama por salvação pedindo também a oportunidade de presenciar a voz de Deus.

Dizem as más línguas que já oferecem US$300 milhões para Robert voltar atrás e excursionar com a banda. Mas o rapaz é teimoso. Não quer dinheiro. Os outros Zeps (John Paul Jones, Jason Bohan(*) e Jimi Page) ameaçaram sair em turnê com outro vocalista. Nem assim o gélido Robert ficou sentido. Hoje, um ex-promoter da banda responsável pelo show de 2007 e também por outros na década de 70 e 80, veio a público dizer que pediu a banda para não arrumar outro vocalista. Estão pensando em chamar Steven Tyler. Não é tortura demais? Já não basta nossa dor?

Acho que a única opção que nos resta é rezar. Façamos em grande estilo assim como Jack Black fez nos ‘extras’ do filme Escola de Rock:

“Lords of rock Led Zeppelin!! Grace us with your mighty love.”

 

 

(*) Jason Bohan é baterista e filho do baterista original do Led, John Bohan.