Finalmente chegou o grande dia e eu ainda estava naquela de “vou” “não vou” devido a falta de companheiros dispostos a encarar a missão que na verdade nem foi das mais tenebrosas, uma vez que tomar cerveja e ver uma boa banda ao vivo, sossegado, encostado num cantinho da pista, não há de ser nunca um mal programa. É claro que no meio destas linhas tinha um indigesto e salgado ingresso, além da antipatia contumaz de uma típica quarta-feira.
Chutei o balde e fui. Meus temores começaram a se concretizar logo de cara e foi muito engraçado (triste) se ver tão dissonante (velho) no cenário (horda de adolescentes com camisa preta). Antes assim.
Peguei uma cervejinha e fui humilde pra pista tentar uma boa visão sem atrapalhar ninguém (aquelas rodinhas de mosh que acontecem quando a energia se concentra num ponto sabe? Então, vamos passar longe.)
E não demorou os caras entraram no palco. Nada de cabelo vermelho moicano, rapado com parafina pra cima. Não fossem algumas tatuagens e os instrumentos em punho, eu diria que era o Vinny on stage.
Como disse no post anterior não tinha grandes expectativas com o show mas esperava ansiosamente que pelo menos alguns clássicos do Smash rolassem e, por que não, minha querida Bad Habit.
Foi então que, logo de cara, iniciaram a apresentação com a porrada All I Want. Seguida de, ninguém mais, ninguem menos que BAD HABIT! E como se não bastasse logo a terceira música foi Come Out And Play! Ao mesmo tempo que a feliz sequência pudesse apontar para uma noite lendária me veio aquela pontada de preocupação: “já tocaram 90% do que eu vim ver”.
E foi dito e feito. Depois disso vieram diversas coisas esquisitas e outras mesmo bobas, como as já citadas Pretty Fly e Get A Job (levaram o público à loucura).
Saquei que o show era isso e me contentei a simplesmente esperar pelo final que, ao que tudo indicava seria com Self Steem. Antes do fim ainda fui muito bem surpreendido pela bela The Kids Aren´t Allright, que àquela altura da noite meu mal humor já tinha limpado das expectativas. Foi bem bacana. Aí veio mais uma e fechou a conta com Self Steem.
Resumindo, missão cumprida, todos felizes e Offspring nunca mais.
O Tempo – Offspring faz show agitado em BH na abertura da turnê brasileira