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Música – Show Marcelo Camelo no Music Hall

junho 1, 2009

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Quase 7 meses se passaram da primeira apresentação solo de Marcelo Camelo em Belo Horizonte. Nesse meio tempo foi possível digerir melhor o disco ‘Sou‘ e retirar o resto de ansiedade e expectativas ‘hermânicas’ que poderiam se manifestar com relação ao show. Na verdade, nesse meio tempo eu tive até o privilégio de assistir um show do Los Hermanos. Talvez estivesse ali exorcizando os últimos demônios, ou, quem sabe, fechando a tampa do caixão.

O show do Los Hermanos foi estranho. As músicas eram ótimas, a banda perfeita, a platéia, o ambiente mas faltou alguma coisa. Talvez o Radiohead tenha sugado todo o clima. Talvez era só o momento errado. Eu sei é que eu não saí de lá ávido por novidades neste sentido e sim com o pensamento de ‘dê mais tempo ao tempo‘. Talvez um show hoje só de Los Hermanos fosse diferente, mas mesmo assim não passa pela cabeça de ninguém pensar no fim definitivo da banda. Já o Camelo, em recente entrevista ao portal UAI do Estado de Minas, quando perguntado se os fãs poderão ver o Los tocando novamente, foi preocupante: “Não temos estes planos.”.

E assim, olhando para o futuro, chegamos ao Music Hall para um show mais intimista do poeta. Eu achei que a liberdade da pista, em oposição à vigilância dos assentos marcados do Palácio das Artes, proporcionaria um show mais memorável. Mas a verdade é que liberdade demais é um perigo. Você dança, canta, levanta os braços, bate palmas, vai ao banheiro, encontra um conhecido, bate um papo, pega uma cerveja, volta ao banheiro, vai pra fila, compra ficha, fica perdido, volta pra turma e nesse meio tempo o show rolando… No Palácio das Artes, vez por outra acontecia um silêncio sepulcral onde o violão, a voz e acompanhamentos ganhavam destaque e, com este clima, fascinada pelo espetáculo, a platéia não perdia um único movimento sequer.

No Music Hall, mesmo tendo tocado o disco inteiro e algumas ‘extra‘ deu aquela sensação de show curto. Talvez justamente porque ninguém queria que acabasse mas o importante é que voltamos pra casa de coração e alma lavada mais uma vez.

O que mais chama a atenção (no Camelo e no Los Hermanos) é a participação da platéia que, como sempre, não se limita a refrões, cantaria tudo até de trás-para-frente se fosse solicitado.

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Sozinho, Marcelo Camelo entrou no palco e abriu o show com Passeando. Em seguida, já com o Hurtmold posicionado, veio Téo e a Gaivota, Tudo Passa e daí pra frente só alegria. Dizem (não vi) que, durante a música Janta (parceria de Marcelo com Mallu Magalhães) ele se emocionou. Nessa altura a Providência que eu tinha tomado ‘mais logo’ já não me permitia discernir entre um Camelo choroso ou um Marcelo apaixonado, só sei que, quando rola Los Hermanos, aí é que tudo desaba mesmo, não tem jeito.

Poisé e Além do Que Se Vê, como se já não fossem extraordinárias, quando executadas ao violão ganham brillho novo e o povo transborda em catarse. Morena não tenho certeza se rolou ou se sonhei mas Santa Chuva também terá sempre o seu lugar. Um dia perfeito seria acompanhar um dueto entre Camelo e Maria Rita nesta canção.

De repente, sem aviso e sem graça o show acabou. Será que foi demasiadamente curto ou demasiadamente bom? Com certeza os dois.

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Felizmente, para os ausentes e para os desmemoriados, existe o YouTube que não me deixa mentir.

Mais Tarde e Janta

Santa Chuva

Pois É

Menina Bordada

É morena…

Música – Amarante é o cara!

abril 20, 2009

Assim será

abril 17, 2009

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Dizer que nós nascemos e crescemos juntos não é nenhum exagero. Afinal de contas, toda vida era eu e ele, sempre os dois.

No início, confesso que era meio esnobe e menosprezava sua presença, mas ele soube chamar a atenção e se impor.

Entrei na dele, fui na onda. Talvez por modismo, talvez status. O fato é que, lá pelos meus 20 anos de boy, vivemos o clímax de nossa relação. Harmonia completa, felicidade, era um arraso, um estouro. Juntos ganhamos amigos e mulheres.

A gente chegava e a festa parava. Podíamos assim filtrar as boas almas do resto pelo simples analisar de comentários e o preconceito então mostrou toda sua fúria e ardor. Não tem problema, estamos juntos nessa.

Um belo dia porém, quem diria, minhas próprias mãos fizeram o papel do algoz que tiraria sua vida e seu brilho. A festa acabou. Ele teve que se adaptar e entrar na linha. Foram momentos tristes e de despedida mas a vida seguiu.

Os anos que se seguiram foram sem graça e sem aventura, dentro do esperado. E foi assim até o dia que ele me contou de sua doença. Procuramos ajuda mas não adianta se iludir, seu destino está traçado e cedo ou tarde vamos nos separar para sempre. É o caminho natural da vida. Das poucas certezas do homem. Mas ainda assim penso, ‘não somos jovens demais?‘ Não. Porque Deus assim escreveu e assim há de ser.

Quanto a mim só me resta olhar pra frente e curtir os últimos momentos ao seu lado. Desta forma, estou evitando cortar o cabelo, porque a cada vez que isso acontece, a piscina fica mais rasa.


Assim que quer, assim será
Eu vou pra não voltar
Toma este anel que é pra anular
O céu, o sol e o mar
Eu não queria ir assim
Tão triste, triste…
Vem dizer adeus ao que restou
de quem um dia foi feliz

-Los Hermanos

Música – Só um festival

março 24, 2009

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Procurando notícias sobre a repercussão do show do Radiohead em SP (pelo festival JUST A FEST) no último domingo dei de cara com uma cronista do jornal O Tempo (de BH) falando justamente sobre o sofrimento do mineiro que se vê de fora do grande circuito de shows e que se dispõe a gastar grandes quantias para realizar um sonho, ou vários sonhos.

Além de arcar com o rombo no orçamento em si, muitas vezes ainda temos que conviver com o preconceito e desmérito daqueles que não entendem como é possível fazer uma viagem com o simples objetivo de ver um show. De minha parte eu não entendo como é possível pagar R$50,00 para entrar em uma boate (só para entrar) e lá dentro ainda conviver com assalto no bar, mas tem gente que gosta. Deixa eles! Deixa eu!

Dessa forma voltamos mais uma vez à capital cultural mais democrática do país para assistir um show que os verdadeiros fãs não só esperaram por quase 2 décadas para assistir, mas sim poderiam ter morrido ali, felizes da vida. Eu confesso não ter chegado nem perto da morte (talvez em outro show, do Ozzy, quando tocou Iron Man, fosse um momento mais adequado) mas curti cada segundo com a resposabilidade de ter tido a oportunidade de ver aquele momento. Eu e mais 30. 30 mil.

Achei estranho os relatos indignados da mídia paulista sobre a má-organização do evento. Como a minha referência a grandes festivais era aquele que uma certa rádio de Belo Horizonte jura ser o maior festival do Brasil, o Pop Rock, não tive do que reclamar, achei tudo lindo, grandioso e maravilhoso. Com exceção, é claro, do preço da cerveja pois 5 reais numa latinha é de doer. Já a lama e o afunilamento da multidão na saída não me causaram desconforto. Uma reclamação sim, agora é sério, com relação ao estacionamento, mais especificamente, à saída dele. Quando estávamos subindo para buscar o carro vimos um caminhão reboque descendo de ré, na contra-mão e complicando o trânsito lá dentro. Pensei, isso vai nos avacalhar a sair. Só não imaginava que isto iria representar 2 horas parado dentro do carro, paciência.

Outro problema é o descaso de policiamento nas redondezas do show. Como pode cambistas e flanelinhas circularem livremente sem nenhum instrumento do Estado para conter suas malignas intenções? Felizmente não acreditamos quando vários deles tentaram arrumar locais alternativos para estacionar o carro, uma vez que, segundo eles, o estacionamento oficial já estava lotado. Hoje vejo que vários carros, desses locais alternativos, foram arrombados. Não diga!

Los Hermanos

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O show começou religiosamente às 18:31 (no meu relógio) com a música Todo Carnaval Tem Seu Fim do Los Hermanos. A plateia cantou, a plenos pulmões, não só esta, mas todas as músicas do tão sonhado re-encontro dos barbudos. Lá na frente, do palco, o povo parecia mais empolgado, porém, lá atrás, assistindo mais pelo telão, eu e os arredores nos limitamos a cantar baixinho e assistir o show sem maiores demonstrações de entusiasmo. O show foi bom, mas não foi tão empolgante. Foi morno. Talvez um pouco ofuscados pelo Radiohead mais logo, talvez a ressaca da overdose de dois anos atrás ainda não tenha passado. Mas de todo jeito foi bom.

Kraftwerk

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Logo em seguida a organização posicionou quatro notebooks no palco, e só. Eu confesso que um dos maiores desafetos na música que tenho, é a eletrônica. Odeio! Odeio DJ! Odeio rave! Odeio tunsttunst! Odeio haus, techno, trance e qualquer coisa do gênero. Porém, fui obrigado a concordar que o show do Kraftwerk surpreendeu. Talvez pela minha total ausência de expectativa. Fui deixado levar e aquelas imagens hipnóticas romperam o preconceito e tornaram o show numa experiência quase agradável. Duas músicas chamaram a atenção, uma que a letra só dizia assim: “machine, machine, machine, machine, machine, machine, machine” e outra que repetia “1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4, 5! 6! 7! 1, 2, 3, 4! 1, 2, 3, 4!” Foi legalzinho. Longe de ser empolgante, mas no final das contas, ouvível e legalzinho.

Radiohead

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Finalmente chega o momento. Pontualmente às 22hrs sobe ao palco o Radiohead. Eu vi dois relatos interessantes nos jornais da internet. Um fazia uma resenha dirigida aos fãs e outro aos não-fãs. É interessante notar que até os não-fãs apreciaram a apresentação, uma vez que o conjunto de sons, imagens e público toma uma dimensão e harmonia tão grandes que é impossível não se emocionar.

Não escondo que fui ao show à espera das farofas e digo que daí vieram os melhores momentos, para mim, claro. Fake Plastic Trees foi linda. Karma Police e outras que nem sei o nome, me empolgaram. No palco os telões mostravam a banda dividida em imagens menores enquanto lasers, luzes e efeitos estroboscópicos cuidavam do clima da apresentação. E que clima! Talvez tenha sido o palco mais espetacular e exuberante que já vi. Ah não, o segundo, pois o palco de PopMart (do U2) ainda vai demorar a ser superado.

Pois bem, estava tudo lindo e perfeito mas ainda faltava uma música pra eu poder ir embora tranquilo sabendo que o investimento iria ser lembrado (e justificado) pelas próximas décadas, Creep. Vi no jornal que fazia muito tempo que eles não tocavam esta música, porém, ela apareceu recentemente no México (parece). Depois veio a notícia, “RJ teve Creep”, seria então questão de tempo apreciá-la em SP. E aconteceu… Foi a última música. No 3º bis, como esperado. Magistral, fenomenal, perfeita. A música, o show e a viagem. Valeu a pena.

Mena

março 21, 2009

Para lindeza!

Música – Bruno Medina fala do show

março 18, 2009

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Vocês quatro já se encontraram para falar dessas apresentações? Já decidiram repertório, agenda de ensaios e coisas assim?

Até agora só houve este encontro no show do Marcelo, e mesmo assim sem o Barba. Antes do recesso nos acostumamos a resolver muitas coisas por e-mail, e assim tem sido também agora. O Repertório já está decidido e posso adiantar que será um show longo para os padrões de festival, misturando as músicas de todos os discos. A princípio serão quatro os ensaios, isso sem contar com o tempo que cada um precisará gastar em casa relembrando suas partes.

PS: Bruno Medina tecladista do Los Hermanos

Entrevista link

Música – Radiohead no Brasil (3)

janeiro 19, 2009

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Então meu, vamos dizer assim: “foi mais forte do que eu…”

Estou ouvindo e curtindo muito um CD ‘Best Of’ do Radiohead, mas o Los Hermanos foi, digamos, a gota d´água, ou, a cereja da torta.

And there we go again!

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Solicitacao de compra efetuada para Ingresso.com.br
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Esta e uma mensagem gerada automaticamente, portanto nao pode ser respondida.

Prezado(a) cliente, como informado durante a compra, os ingressos comprados nao poderao ser trocados. O sistema nao nos permite alterar data, sessao ou quantidade dos ingressos comprados.

Agradecemos pela compreensao.

Segue abaixo a confirmacao da sua solicitacao de compra.
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DADOS DA COMPRA
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Numero de Ingressos: 3 ( Pista Meia SP RadioHead 3 )
Evento: RadioHead
Local do Evento: Chacara do Jockey
Data da Sessao: 22/03/2009
Horario da Sessao: 21:30

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Aí quando eu entro no site pra comprar o ingresso o que me aparece de tentação?
iron
Ai pai, afasta de mim esse cálice!! Ou, arrumo um patrocínio… alguém?   🙂

Música – Radiohead no Brasil (2)

janeiro 14, 2009

radio_los

Adivinha QUEM vai abrir os shows do Radiohead no Brasil??

Dou-lhe uma!

Dou-lhe duas!

Dou-lhe três!

LOS HERMANOS!

É… o fardo de não ir a este show está ficando cada vez mais pesado. E ainda tem ingresso viu! Quem sabe?

 

–> Blog do Bruno Medina (tecladista Los Hermanos) comentando o fato.

Música – LH2009?

dezembro 19, 2008

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E num é que um grupo de brasileiros encontrou com Rodrigo Amarante antes de um show do Little Joy em Seattle (terra boa) e este acabou falando demais?

Aconteceu assim, estavam os brazucas num barzinho curtindo um show quando Amarante passa ao lado como se não fosse ninguém. Feita a devida abordagem o mesmo resolveu compartilhar uma cerveja e, papo-vai, papo-vem soltou a bomba: Los Hermanos de volta em 2009! O brazuca então comentou o acontecido no seu blog e… pronto, virou notícia de jornal!

Mas na verdade não é bem assim, segundo o cara, Amarante falou que o LH deve se reunir sim para um show (só um?) e depois se trancar num estúdio para gravar o quinto disco.

Engraçado, porque a notícia vem justamente na hora em que os projetos paralelos começam a se firmar. Mas melhor assim, se não a coisa dá certo demais e o Los fica pra escanteio. Já estou até vendo os fãs pedindo a volta do Little Joy..  antes assim.

Falando em Little Joy (e passada fase Camelo) tenho gostado bastante. Outro dia fui surpreendido por uma música deles no rádio e falando em 2009, parece que no dia 30 de janeiro se apresentam em BH (dizem).

Hoje é assim, as notícias vêm e vão pela net. Um boato ganha a força de uma ogiva nuclear como se um espirro virasse uma tormenta. Um disse que falou pro outro que ouviu e comentou e pescou errado, aumentou um ponto e a merda tá feita. Caiu na rede, já era…

Música – Los Hermanos na Fundição Progresso

dezembro 11, 2008

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Certa vez (antes do Orkut nascer) eu estava acompanhando o fórum (Coollist) da banda Diesel e tinha acabado de rolar um show do Silverchair em BH, foi então que um membro falou: ‘próximo bom show, Los Hermanos‘. Fiquei intrigado. Los Hermanos não era aquela banda da Anna Júlia? Eu até ouvi dizer que eles lançaram um segundo disco com uma proposta diferente mas, será que presta? Devido a credibilidade do fórum fiquei encucado.

Passados uns dias um amigo meu, o Saulo, me disse eufórico: ‘cara fui num dos melhores shows da minha vida, Los Hermanos‘. Poxa, até você meu rei? Me diga lá o que é que os Hermanos tem? ‘-A banda é do caralho! Todas as músicas são boas e no show você não acredita na energia que rola, todo mundo sabe todas as letras eu fiquei até sem graça porque só conhecia algumas músicas mas no próximo eu vou estar afiado, estou decorando tudo e vou te passar umas músicas pra você ir também‘. Ok, foi assim que ouvi pela primeira vez ‘Samba a Dois‘, ‘Quem Sabe‘, ‘Outro Alguém‘, ‘Cadê Teu Suin‘ e outras picadas.

As primeiras ouvidas confesso que não foram nada sobrenatural mas com o tempo já não conseguia ouvir coisa que não fosse da banda. Eis então que o sonhado segundo show foi anunciado, Saulo me ligou doido para comprarmos ingresso, isso era uma segunda-feira. “Ah, comprar ingresso segunda pro show de sábado? Pres´tenção sô! Lá pra quarta ou quinta a gente compra isso“. Quando cheguei no Lapa Multishow, na quarta-feira, senti a faca do arrependimento a me fitar, os ingressos estavam esgotados

Saulo ficou inconformado e no dia do show foi até a porta pra ver se conseguia entrar. Não conseguiu. Tinha até alguns cambistas vendendo mas o preço tinha sido absurdamente inflacionado. Ele falou que do lado de fora do Lapa tinha centenas de pessoas sem ingresso querendo entrar de todo jeito e foi tanto que até fecharam a rua. 

Mas nem tudo era tristeza, devido a grande procura, uma semana depois já tinha outro show dos Hermanos marcado. Desta vez no Chevrolet Hall (lugar grande) e com o Pato Fu. Agora eu não perco de jeito nenhum! Comprei os ingressos com antecedencia e fiz o dever de casa, ouvi os CDs da banda até a exaustão. Além disso ainda gravei uma coletânea pra patroa também ir se interando.

E o show, como foi? Soberbo!! Por mais que eu ja tivesse sido avisado sobre o comportamento do público, quando você está ali no meio, é bonito dimais.. Estávamos na frente do palco quando os primeiros acordes de ‘O Vencedor‘ soaram como uma tormenta e o chão começou a tremer. Todos ao redor pulavam. Na hora dos versos a banda diminuiu e passou a responsabilidade pro povo e este gritou como se estivessem se despedindo da vida, exatamente como no clipe ao vivo da música.

–>   http://www.youtube.com/watch?v=VLPURvCvPP0   <–

O resto do show foi exatamente do mesmo jeito e cada música causava o seu frisson. Sai de lá querendo mais e toda vez que a banda estivesse na cidade, lá estaria eu.

Fui no show do Pop Rock (por causa deles), do Mix Garden, do lançamento da Telemig GSM, outro no Chevrolet e um na calourada da PUC no Mineirinho. Todos foram absurdamente bons mas após esta quase overdose senti a necessidade de diminuir um pouco o ritmo para não enjoar. Antes que eu deixasse de acompanhar eles próprios anunciaram a pausa da banda.

Ai ai ai, esse negócio de pausa não costuma dar certo. Um pouco antes surgiram boatos de que Camelo e Amarante iam fazer carrera solo, o que foi desmentido, mas esta história de pausa, num sei não.

Como agradecimento aos fans sempre presente decidiram fazer um show no Rio de Janeiro de despedida. Seriam dois dias na Fundição Progresso. A procura, mais uma vez, foi tão grande que abriram o terceiro dia. Eu até ia no show mas devido a uma complicada soma de fatores (falta de ingresso, custo de viagem e final de semestre) não foi possível. Alguns amigos foram e disseram que foi o melhor dos shows, o que já era de se imaginar uma vez que todos estavam com a emoção à flor da pele e o coração apertado pela despedida. Como se não bastasse ainda disseram que na porta estava chuvendo ingresso de cambistas a preços irrisórios. 

Enfim, para quem não foi ao show ou até mesmo para quem deseja conhecer um pouco da energia que era um show do Los Hermanos, este show de despedida rendeu o belíssimo CD+DVD ‘Ao Vivo na Fundição Progresso’. Ouvindo as músicas, pra quem gosta é impossível não se emocionar e pra quem não conhece, impossível não se espantar com tamanha devoção.

Uma amostra dessa loucura já havia sido registrada no DVD Ao Vivo no Cine Íris mas acho que foi a dor do adeus sem a certeza do retorno que temperou este show com a euforia dos músicos e a voracidade da platéia que cantou as 31 músicas dizendo ‘vá descansar mas volte logo para nos alegrar’.